O tempo e o gestor

Mesmo que os jornais econômicos nos digam que o desenvolvimento industrial brasileiro venha ocorrendo de forma acelerada, esse processo é ainda relativamente recente, pois o País teve de enfrentar várias etapas em seu desenvolvimento econômico, como ondas inflacionárias, invasão de produtos estrangeiros, que ainda acontece, protecionismo etc.

Porém, de acordo com especialistas em administração, essa mudança de perfil econômico não foi acompanhada de mudanças do perfil social, e ainda falta muito investimento em educação formal e em treinamento gerencial.

“Uma das consequências das pressões do ambiente de negócios é a pouca eficácia dos gerentes na administração do seu próprio tempo e acredito que os gestores brasileiros talvez sejam os mais sacrificados em relação às suas próprias responsabilidades”, afirma Cesar Dellabarba, gerente, formado em Administração de Empresas e Economia.

Para ele, a competição internacional requer cada vez mais eficácia empresarial, produtos e serviços de qualidade, a preços competitivos. “Nesse contexto, os gerentes brasileiros têm de administrar recursos humanos mal preparados e oriundos de uma cultura organizacional muitas vezes autocrática e burocratizada. Assim, os gestores brasileiros vêem-se envolvidos numa enorme carga de trabalho, além de ter de lidar com inúmeros problemas de liderança e relacionamentos interpessoais instáveis, o que os torna cada vez mais estressados e oprimidos”, continua Cesar.

Diante dessa realidade, é possível constatar que os afazeres e os compromissos gerenciais crescem num ritmo alucinante, embora o tempo do gerente continue o mesmo. Sendo assim, a solução é definir as prioridades conforme o grau de importância de cada uma das suas atividades, sugere o gerente.

“A primeira necessidade é que o gerente conheça seus produtos, seus clientes e seus concorrentes para compreender qual a necessidade da empresa em relação à sua capacidade. Dessa forma ele enxergará, dentro do seu ‘pacote’ de urgências, o que é ao mesmo tempo imediato e importante”, diz Cesar, continuando: “Após definidas as prioridades o gestor deve planejar a agenda da semana e, para que ela não seja frustrante, ele deve compreendê-la como um plano no qual a realidade costuma interferir constantemente por meio dos seus chefes, subordinados, colegas e outras áreas da organização”.

De acordo com Dellabarba, com o passar do tempo, os gestores adquirem as verdadeiras dimensões do tempo demandado em cada tarefa e, além disso, eles identificam mais facilmente as prioridades para a organização. “Essas prioridades não desaparecem facilmente, a não ser que o gerente esteja consciente da necessidade de saber administrar bem o seu tempo”.

Para ele, um dos principais benefícios da administração do tempo é a eliminação da impotência que ocorre pela sua incapacidade do profissional de ‘fazer todas as coisas’ que lhes são atribuídas e a consequência desse sentimento é a exaustão mental.

Cesar afirma que gerenciar o tempo é baseado em planejamento: “Esse planejamento deve ser elaborado tendo em contra no que é possível acontecer e não no que o gerente gostaria que ocorresse. Dessa forma, o gestor deve estabelecer objetivos e desdobrá-los em pequenas metas, que podem tornar-se objetivos intermediários, assim o gerente saberá se está, ou não, se aproximando do seu principal objetivo, o qual não irá parecer tão irrealizável”, conclui Cesar.
Escrito por Rita Palladino/Press & Mídia
Fonte: Site Você Com Mais Tempo S/A

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