Para muitas organizações, o Código de Ética é a solução para o alinhamento moral da empresa e para os problemas morais de seus funcionários. Preserva os valores e a integridade da companhia. É tido como correto e indiscutível, a priori.
Porém, nossa bagagem intelectual sobre ética, bem como nossa experiência de mais de cinco anos em consultoria e assessoria em empresas, revela que tudo isso não passa crenças comumente aceitas. Os códigos não são feitos de forma apropriada, não são moralmente virtuosos e seus efeitos são mínimos. Geralmente são soluções caras e ineficientes.
Os valores éticos não são entidades únicas, universais, mas sim múltiplas e particulares. Existe, portanto, dentro da multiplicidade de possibilidades do pensamento ético, uma luta pela definição daquela que é mais legítima. Porém, as estruturas sociais já ensinam as pessoas, desde pequenas, quais os valores que devemos respeitar. Antes do Código de Ética, os funcionários da empresa já possuíam valores morais e, como bem observou o consagrado administrador Kevan Hall, eles são tão intrínsecos e difíceis de mudar que o melhor a se fazer é discutir práticas e não valores.
Por isso, cada funcionário da empresa deve ser consultado sobre seus valores morais e suas expectativas em relação às condutas na empresa. É preciso, antes de escrever o código, avaliar quais são os valores efetivamente compartilhados pelos funcionários antes de pensar em normas, regras e orientações. Fazer um Código de Ética não é um trabalho abstrato e intelectivo. É preciso muita pesquisa e trabalho para se chegar a algo que possa funcionar.
Outro grande problema em relação ao assunto é a crença de que, depois de escrito, o código dispensa maiores reflexões sobre as condutas na organização. São necessários canais imparciais gerenciados por especialistas que possam dar conta de perguntas frequentes de funcionários sobre eventuais atitudes conflitantes com o código. Afinal, os Códigos de Ética geralmente são difíceis de serem interpretados e muitas vezes não fazem relações diretas aos problemas cotidianos. É preciso analisar cada dúvida dos funcionários segundo as orientações do código. Isso torna a relação com a ética mais simples, fácil e eficaz.
A função da ética numa empresa é outro assunto que cabe ser discutido. Geralmente, ela é vista com orientação punitiva e não de prevenção. Os canais de discussão sobre a ética possibilitam identificar possíveis conflitos e problemas antes que eles aconteçam. Propomos uma abordagem de orientação pedagógica e não tão jurídica. O contato direto com as dúvidas dos funcionários gera possibilidades para o departamento de Recursos Humanos investir de forma objetiva e econômica em ações diretas para legitimar certas condutas ou contornar ações nocivas.
Por fim, todas estas sugestões de ações se aperfeiçoam com um comitê de ética bem constituído e que se reúne com regularidade. Nele, todas as questões éticas trazidas pela empresa ou assessoria são analisadas e discutidas. Feedback que geram novas demandas mais rápidas, econômicas e eficazes.
Fonte: http://www.fnq.org.br/site/ItemID=3415/366/default.aspx
Clóvis de Barros Filho é doutor em Direito e livre-docente de Ética da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. clovis@espacoetica.com.br
Arthur Meucci é psicanalista, mestre em Filosofia e professor de Empreendedorismo e Estratégias de Negócio da Universidade Paulista. arthur@espacoetica.com.br
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